GRILHETAS DA DITADURA À SOLTA

As ameaças continuam. Os defensores da liberdade, como o Folha 8, foi, telefonicamente, instado: bico calado ou morres. Preteritamente, incendiaram as nossas instalações. Clonaram em Maio/Junho 2025 roubando o dinheiro das minhas contas, com nítida intenção de causar um AVC. Resisti! Atacam diariamente as plataformas digitais e informáticas. Negam a emissão de BI e passaporte ao jornalista Orlando Castro (director adjunto F8), para viajar para Angola, por ser branco, do Huambo e apaixonado pela cultura e língua Ovimbundu.

Por William Tonet

Nas últimas 48 horas, com porretes, balas, bombas e armas novas compradas ao Ocidente e à Rússia, mais vinte (20) jovens inocentes foram barbaramente assassinados diante dos pais e vizinhos, por agentes ligados às forças policiais, de Defesa e Segurança.

O terror e o rio de sangue, nos bairros pobres, visa criar o caos, para colocar de cócoras a indignação do exército da fome. Dos excluídos e discriminados.

As escutas telefónicas e os grampos cresceram contra os opositores políticos, jornalistas independentes, activistas e intelectuais comprometidos com a soberania, face ao investimento milionário de cerca de 60 milhões de dólares, em novos aparelhos fornecidos por empresas israelitas, americanas e indianas…

O MPLA tem medo. Muito! Até da própria sombra.

De tal monta, que uma fonte autorizada do F8 confidenciou ter sido realizada uma reunião de chefias militares, antes da partida do Presidente da República ao Japão, onde dentre outros assuntos terá sido orientado o “abalroamento” de figuras defensoras da democracia e multicandidaturas no interior do MPLA.

Pese terem recebido medalhas das mãos de João Lourenço, a purga não vai poupar figuras como, “Higino Carneiro, Dino Matross, Pitra Neto, Fernando da Piedade Nandó, Boavida Neto, Valdir Cónego, António Venâncio, Hélder Kopelipa, Dino do Nascimento. Estes estarão na linha da frente para o sacrifício face à ousadia de terem exposto o líder e o nosso partido, na praça pública.”

Verdade ou mentira, os ataques que têm sido lançados nos últimos dias por “mercenários-bajuladores” nas redes sociais, fundamentalmente, contra estes dirigentes do MPLA indiciam o objecto macabro, próximo do genocídio de 27 de Maio de 1977…

À época 80.000 militantes e dirigentes do regime foram, selvaticamente, assassinados por Agostinho Neto, qual líder sanguinário, que imperialmente, disse: “Não vamos perder tempo com julgamentos!” Seguiu-se a barbárie para constranger a sociedade…

Daí a lógica dantesca das prisões policiais ditadas pelo Ministério Público partidocrata, não cessarem. Entre os dias 19, 20, 21 de Agosto foram parar as fedorentas masmorras do regime, acusados de terrorismo e tentativa de terrorismo, mais cerca de 250 cidadãos. As celas, sem o mínimo de condições estão apinhadas de pretos pobres e discriminados, que ainda assim, resistem…

Os caverões (carros blindados da Polícia Nacional do M…) da morte continuam a entrar nos becos e ruelas dos bairros pobres com policiais a disparar indiscriminadamente, em tudo que respira. Crianças, mulheres e velhos, muitas vezes, são colhidos a caminho do chafariz para acarretar água, que falta nas torneiras, 50 anos depois de o MPLA proclamar a sua independência.

Os jovens sem apelo nem agravo, têm rótulo e são os alvos preferenciais, na lógica de eliminar para intimidar e conter a contestação pela lei da bala…

Ninguém duvida, que este MPLA de derrota em derrota, até a derrota final, não se desligará de sangue nas mãos e será, eternamente, perseguido pelas almas das suas vítimas…

SÓ DITADURAS PRENDEM PARA INVESTIGAR

Ao esmagar, descomunalmente, com a força das armas, a onda de protestos de homens e mulheres, que reivindica(va)m pelo fim de mais fome, face ao famigerado aumento do preço do combustível, o MPLA, não ganhou. Pelo contrário, perdeu, mais credibilidade, como ente de bem e respeitabilidade.

Ao negar-se, ditatorialmente em alterar a decisão da subida do preço do combustível, solicitada pelos povos soberanos que, João Lourenço diz ser seu patrão, mostra o carácter malévolo de quem tratou, nos dias, 28.29, 30 de Julho, os cidadãos como cães rafeiros e pulguentos.

E o vampirismo não para… Continua a sugar o sangue do pescoço dos inocentes, exibindo as novas máquinas contra tudo e todas, que ingenuamente, ainda acreditam ser fácil, com este regime, conjugar os conceitos de, liberdade, justiça, democracia, nacionalismo!

Não é! A cifra, segundo uma fonte digna de crédito dos Serviços Prisionais de terem, nos últimos dias de Julho a Agosto, franqueado as cadeias, mais de 4.500 (quatro mil e quinhentos) inocentes é um dado estatístico perturbador.

E, nesta senda de impor o medo, continua a afiar navalhas do arsenal bélico, retirando dinheiro que poderia ser investido em comida e medicamentos para os pobres, para manutenção do poder.

“A reunião do Conselho de Defesa e Segurança determinou a urgência de se comprar mais e mais armas de guerra e meios para a Polícia Nacional”, afirmou um general, que mantém o anonimato.

“São eles (agentes policiais) que estão na linha da frente em defesa do nosso regime, por isso, torturam, prendem activistas, intelectuais, jornalistas, taxistas e políticos, com ideais de alternância do poder”.

Ter coluna vertebral erecta e nacionalista é, para este MPLA um verdadeiro crime, por isso, reforçou, também, nas redes sociais uma campanha mordaz contra todos que considera alvos a abater, fisicamente ou o seu carácter.

Eu defendo a necessidade de uma luta unida em prol da conciliação, paz, justiça e ruptura com os métodos e tecido jurídico constitucional, até aqui em vigor, por inclinados na defesa de uma casta e não da cidadania. Quem tem e se orgulha, como eu de ter as secundinas enterradas neste torrão portentoso, não desiste de lutar por um país diferente.

Sou defensor da restauração dos nossos reinos, que respeitavam e, nas actuais “polis” (Sanzalas-Estado), continuam a fazê-lo, não através do direito positivo ocidental, defendido pelos “constitucionalistas complexados e assimilados do regime”, mas pelos preceitos do constitucionalismo tradicional, onde a posse, a justiça, a vida humana tem verdadeiro valor e é inviolável!

Nos tribunais das nossas embalas, são, sagradamente, respeitadas as normas dos articulados jurídicos, as regras comummente aceites pelas comunidades, da rica e original Constituição tradicional, que repousa no acervo mental dos povos autóctones.

Por isso, continuarei de pé, com a coluna erecta defendendo os princípios do nacionalismo, liberdade de expressão, de imprensa, patriotismo e da criação de uma nova cidadania.

CONTÍNUA PROVOCAÇÃO À RÚSSIA É UM SUICÍDIO

A Rússia que não é bom exemplo de liberdades, já manifestou ao Ministério das Relações Exteriores de Angola, ante a pressão das famílias dos dois cidadãos russos, indignação pela sua arbitrária prisão, estarem a servir de cobaia, para os ignóbeis desígnios do regime e não haver, até aqui (20 de Agosto) provas robustas de alegado cometimento de ilícitos ou envolvimento em qualquer trama de alteração do poder.

“Não existem provas robustas de crime. A acção da Polícia de Angola deriva de orientações da Presidência da República e isso é, para além de um risco, uma verdadeira provocação ao governo da Federação da Rússia. O Presidente João Lourenço e o MPLA têm estado nesta provocação faz tempo, para agradar os americanos, violando as relações de amizade com os verdadeiros amigos, que nos momentos de crise sempre estiveram do seu lado”, disse ao F8, o professor de Direito e analista político russo, Petrocvich Ulianov.

Para ele, “a recente ruptura de acordos comerciais, principalmente, da empresa Alrosa e do banco russo, por orientação americana, colocam as relações de longa data dos nossos países, no mais baixo patamar. Angola tem agido com muita ingratidão, esquecendo-se que, em momentos dramáticos, a Rússia nunca a abandonou. Fornecemos sem pré- condições, alimentos, fardamentos e armamento, para travar as várias invasões e de repente, por problemas internos de má-gestão, prendem russos como bode expiatório. Isso é muito grave. Gravíssimo!”, asseverou.

Caricatamente, para manter o império ditatorial, 50 anos depois da partida das caravelas de Salazar e Caetano e dos capitães de Abril lhe terem escancarado os quartéis, enterrando os Acordos de Alvor, o MPLA, diante de qualquer crise inspira-se no hino português: “contra os canhões, marchar, marchar…”, mesmo tendo ciência de lhe faltar paixão e tesão, para inverter a saturação, ante o mal imposto e que as armas não resolvem eternamente os conflitos…

Os protestos populares de 28, 29, 30 de Julho, contra a fome, apanharam o MPLA com as calças na mão e confrontado com a maior baixa de popularidade recorre a guilhotina e o fantasma de conspiração externa e da UNITA.

Era hora de diante dos factos, FOME EXTREMA, distanciar-se dessa retórica, encarar a realidade, reconhecer os erros e aproximar-se dos cidadãos, parceiros sociais, intelectuais, adversários políticos, para um PACTO DE REGIME.

A opção militar é um verdadeiro suicídio com dias contados, porque o sangue de inocentes que escorre pelas vielas dos pobres, tem memória. Muita! E não esquece…

O MPLA aos 50 anos de independência auto proclamada, não atingiu a maturidade. Não se revolucionou, para encobrir, sequer o seu verdadeiro carácter: um partido de extrema-direita, sem personalidade para enfrentar a vida com a transparência que a dignidade humana impõe.

O MPLA/2017 não tem chama, não tem alma. Tem, reconheça-se, o poder da insignificância e o império da morte.

É um partido que se esmera em ditar regras sem consenso, foge ao debate verbal, como o diabo da cruz, ameaça em cada esquina inocentes, que se negam ao unanimismo, com algemas e canhões.

Comportam-se como exímios barões vampiristas, indiferentes à vida alheia.

Mas no horizonte que se aproxima, chegam ventos de estar a aproximar-se um verdadeiro tornado para anunciar uma nova aurora.

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